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SOJA
Mercado em Chicago inicia semana com pressão do financeiro e baixas de dois dígitos
23/05/2016 - 10h05min

Nesta segunda-feira (23), os futuros da soja começaram a semana atuando em campo negativo na Bolsa de Chicago e atuando com perdas intensas na manhã de hoje. Os principais vencimentos, por volta das 8h30 (horário de Brasília), recuavam entre 10,50 e 13,25 pontos, assim o vencimento julho/16 - o mais negociado do momento - era negociado a US$ 10,63 por bushel, e o novembro - referência para a safra norte-americana - valia US$ 10,36.

Segundo o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, essas baixas refletem mais um movimento dos fundos investidores, que liquidam parte de suas posições diante de um financeiro menos favorável e que estimula uma maior aversão ao risco. "Esse é um mercado de fundos e não de físico", diz .

A possibilidade de um aumento da taxa de juros nos EUA - que puxa o dólar para cima - e mais a baixa superior a 1% do petróleo também refletem esse cenário e pesa sobre as cotações. Ainda de acordo com Brandalizze, esse movimento não indica, no entanto, uma reversão de tendência para os preços da oleaginosa.

Entre os fundamentos, melhores condições de clima nos EUA que podem favorecer os trabalhos de plantio da nova safra também acaba sendo um fator de pressão sobre as cotações neste início de semana. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza, às 17h (horário de Brasília), seu boletim semanal de acompanhamento de safras, após o fechamento do mercado, porém, as especulações já se iniciam.

Veja como fechou o mercado na última semana:

Com demanda forte e vendas travadas, soja no disponível se aproxima dos R$ 90 no Brasil

O destaque para o mercado da soja na última semana foi, mais uma vez, os negócios e preços praticados no Brasil. As cotações tanto para o produto da temporada atual como da próxima estão elevadas - e inclusive vêm se aproximando - e geraram boas oportunidades para o sojicultores brasileiros.

Nesta sexta-feira, por exemplo, a oleaginosa disponível fechou o dia cotada a R$ 89,00 por saca no porto de Paranaguá, com alta de 1,14%, enquanto a safra nova - grão com embarque para março/17 - terminou com R$ 90,00 por saca. Já no terminal de Rio Grande, valores de, respectivamente R$ 87,00 e R$ 90,00 por saca.

No interior do país, quadro semelhante. Os preços pagos pela soja no mercado interno também se valorirazaram e foram destaque nos últimos dis, como explica o consultor em agronegócios Ênio Fernandes. "Isso é uma sinalização de que teremos problemas de abastecimento no segundo semestre", diz. "Em Chicago, não tivemos muitas mudanças, mas tivemos uma grande variação dos prêmios e dos valores em reais", completa.



O atual quadro é resultado da intensa demanda pela soja do Brasil. As exportações nacionais têm acontecido em ritmo recorde neste ano de 2016 e vêm, portanto, limitando cada vez mais a oferta para o consumo interno por parte, principalmente, das indústrias esmagadoras.

Termômetro disso são os prêmios. Se considerada a posição de entrega junho/16, de 1º de março ao último dia 18, o valor pago sobre o preço praticado na Bolsa de Chicago passou de 30 cents para 75 cents de dólar, uma alta de 150%. Nas posições mais distantes, durante a semana, esses valores chegaram a passar de US$ 1,00. "E assim vai ser. Se Chicago cair, os prêmios vão continuar subindo", explica Fernandes.



Somente nas duas primeiras semanas de maio, o Brasil já embarcou 5,2 milhões de toneladas da oleaginosa. Em abril, foram 10,1 milhões, ou seja, 20% a mais do que em março e 50% a mais do que no mesmo mês de 2014. Dessa forma, o país se consolida, nesta temporada 2015/16, como o maior exportador mundial da commodity.

Agora, portanto, as vends do atual ano comercial estão travadas. O volume de soja já comercializada da safra 2015/16, afinal, chega a quase 80 milhões de toneladas.

"Já estamos dentro da entressafra. O mercado está muito comprador (...) e os produtores que têm soja hoje são poucos, e os que têm, estão capitalizados e estão usando essa soja como um ativo financeiro, como um investimento", explica Vlamir Brandalizze.

Os sojicultores vêm evitando novos negócios e buscando voltar às vendas somente no segundo semestre, quando a demanda para exportação deverá disputar a oferta com a interna, trazendo preços ainda mais elevados, como explica o consultor de mercado da Brandalizze Consulting.

O câmbio completou o cenário, porém, a semana foi volátil para o moeda norte-americana, com um movimento de alta que se acentuou após a divulgação da ata do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano) sinalizando a possibilidade de um aumento da taxa de juros no país.

Na semana, a divisa terminou com uma leve baixa de 0,15% frente ao real e cotada a R$ 3,5182.



Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago, a movimentação dos futuros da oleaginosa foi pautada pela forte influência do mercado financeiro. E apesar da pressão severa exercida pela alta do dólar em alguns dias, os fundamentos falaram mais alto e, no balanço semanal, as posições mais negociadas fecharam em alta, com ganhos de 0,07% a 0,87%. Essa foi a sexta semana consecutiva de avanço dos preços na CBOT, que levaram o julho/16 a US$ 10,74 por bushel.

A exceção ficou por conta dos vencimentos novembro/16, referência para a safra brasileira, que encerrou com queda de 0,47% para US$ 10,49 e pro março/17, que foi a US$ 10,27, perdendo US$ 10,30.



Durante a semana, baixas intensas foram registradas em Chicago frente à forte alta do dólar - que pressionou todas as demais commodities - e os fundos, mais avessos aos risco, liquidaram algumas posições. No entanto, no final da semana, os fundos voltaram à ponta compradora do mercado e encontraram estímulo ainda em um fator novo, além dos já conhecidos e positivos fundamentos, que foi a demanda por farelo de soja dos Estados Unidos.

A demanda pelo derivado norte-americano no curto prazo é bastante forte - essencialmente pelas margens positivas de esmagamento tanto nos EUA como na China - e, especialmente nesta quinta (19) e sexta-feira (20) motivaram boas altas de seus futuros negociados na Bolsa de Chicago, puxando também os futuros da soja em grão, como explica o analista de mercado João Schaffer, da Agrinvest Commodities.

"A quebra na Argentina, segundo algumas casas de consultoria, poderia ser ainda maior e o país é o maior fornecedor mundial de farelo. Então, com essa quebra, o fluxo de soja não chegando nas esmagadoras argentinas e sem esse produto no mercado internacional, a demanda se volta para os Estados Unidos, e até mesmo pelo Brasil", diz o executivo. "Trata-se de uma demanda bem pontual, bem curta", completa.

Tags: Soja
Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas
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