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ECONÔMIA
Dólar x Commodities: O que há por trás dos últimos movimentos
27/04/2016 - 17h04min

Nos últimos dias, os mercados internacionais viram as commodities entrarem em uma nova onda de forte valorização e os fundos voltarem a participar dos negócios de forma bem mais intensa. Somente entre as commodities agrícolas, o fluxo de dinheiro foi um dos mais rápidos dos últimos seis anos. No entanto, subiram ainda o minério de ferro, o aço, o ouro, o cobre e o petróleo, esse último passando, nos últimos 70 dias, de US$ 29,00 para US$ 44,00 por barril em Nova York.

O que está por trás dessa forte e repentina alta das commodities? Analistas e traders seguem acompanhando as sessões nervosas diariamente, ao lado de outros componentes do mercado financeiro, como o câmbio, por exemplo, para encontrar uma resposta.

Dólar

Ao mesmo tempo é possível identificar ainda uma desvalorização do dólar não só frente ao real, mas frente à uma cesta de principais moedas internacionais. E entre os fatores que motivam esse recuo, segundo explica o economista André Perfeito, da Gradual Investimentos, se dá, justamente, por essa alta das commodities. "Volta a valer a relação de commodities em alta e dólar em baixa, dólar em alta, commodities em baixa", diz.

Outro fator de pressão sobre a divisa norte-americana vem da baixa taxa de juros nos Estados Unidos. Nesta quarta-feira, o Federal Reserve (o banco central norte-americano) decidiu pela manutenção do índice no país entre 0,25% e 0,50%. Segundo analistas, "não há pressa para elevar os juros nas próximas semanas". A medida deve, portanto, continuar pesando sobre o direcionamento do dólar.

Perfeito acredita que, pelo menos por hora, o indicador deve permanecer baixo que as discussões sobre um eventual aumento poderiam ser tomadas no final do ano. "E por conta dessas condições lá fora, também, devemos ver a volatilidade continuar", acredita.

Mais uma vez, o comunicado do comitê fala na possibilidade de um aumento gradual da taxa, diante de um abrandamento do crescimento da atividade econômica, apesar de, ao mesmo tempo, ter sido registrada uma melhora nas condições do mercado de trabalho.

Paralelamente, no cenário interno, o foco dos investidores continua mantido na turbulenta e incerta cena política. Porém, o economista reforça. "É preciso muita cautela ao pensar que o câmbio está sendo direcionado somente pelo o que acontece na política. Olhar só para Brasília pode não ser o suficiente", orienta.

As inseguranças são muitas. O processo de impeachment agora se desenvolve no Senado Federal e o relatório do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), da comissão especial, deverá ser votado no dia 26 de maio. Até esse momento, mais da metade dos parlamentares já sinalizaram que são a favor do afastamento da presidente Dilma Rousseff e até ela mesmo, segundo uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira (27), já teria admitido que esse "afastamento temporário será inevitável".

Enquanto isso, o vice-presidente Michel Temer já vem intensificando suas articulações para montar sua equipe de governo, a qual incluiria nomes como o de Henrique Meirelles para o Ministério da Fazenda, bem como o do tucano José Serra para alguma outra grande pasta. Além disso, está prevista ainda a troca da diretoria do Copom (Comitê de Política Monetária).

Porém, durante o processo de indefinição, o órgão, que também define nesta quarta o futuro da taxa básica de juros no Brasil, sinaliza que a mesma poderá ser mantida nos atuais 14,25% pelo Banco Central, ainda sob o comando de Alexande Tombini. Ainda sobre o BC, André Perfeito afirma que, neste momento, o impacto de sua atuação deve ser limitado. "Ele não impede que o movimento aconteça, só ameniza a situação".

Para demais especialistas, a manutenção da Selic neste momento de crise e incerteza política é a melhor saídas. "O melhor neste momento de muitas dúvidas no cenário político é não fazer nada. Se o BC subisse ou baixasse os juros agora poderia causar ruídos, o que não seria bom", diz José Márcio Camargo, professor e economista chefe da PUC-RJ em entrevista ao site da revista Veja.

Afinal, as dúvidas sobre um eventual governo Temer são tão latentes quanto a permanência de Dilma na presidência. "Um novo presidente teria muitos problemas para resolver agora", diz Perfeito.

Nesse cenário, o economista estima que, no final de abril, o dólar vá encerrar perto de R$ 3,60 e, para o final do ano, pode chegar aos R$ 4,00, e reforça que os negócios serão de volatilidade. Somente este mês, a baixa da divisa já passa de 2% e, no ano, de 10%.

Fundos e os preços

Há um excesso de liquidez entre as commodities nesse momento, que é favorável para os preços, como vem sendo registrado nos últimos pregões do mercado internacional. Porém, analistas e consultores de mercado acreditam que haja ainda algum fator "por trás" dessa movimentação e que ainda estaria sendo identificado.

"Ao que parece, estamos em um momento favorável a todas as commodities, o que pode sugerir uma tentativa de proteção contra inflação no mundo. A pergunta que fica é como ter inflação no mundo, se estamos com dificuldade de crescimento na economia mundial? Será preciso analisar", acredita o consultor em agronegócios Ênio Fernandes.

E de volta aos holofotes, a situação econômica da China. A nação asiática continua gerando inúmeras especulações, porém, ainda segue trazendo resultados positivos e importantesde sua economia ao mercado financeiro global. A demanda por commodities continua se mostrando robusta e crescente e passa de somente commodities agrícolas.

"Nestes primeiros três meses do ano, vimos uma explosão do crédito, são níveis históricos, e isso continua, e o efeito disso tem sido uma aceleração de projetos imobiliários, que era o que o governo vinha tentando diminuir, devido a criação de uma bolha, etc. E neste início de ano, temos visto a China voltando a crescer e tendo como pilar central do modelo de crescimento investimentos, principalmente, imobiliários", explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities.

O executivo complementa dizendo que esse movimento foi outro fator que mexeu com as commodities de uma forma geral, já que puxou a demanda pelo minério de ferro, consequentemente do aço, cobre e assim por diante. O reflexo, dessa forma, na cesta de commodities foi imediato. "Esse é um driver importante para explcar essa recente puxada nas commodities", diz.

Exemplo disso são as compras de posições nos mercados de milho e trigo nas bolsas que, ainda de acordo com o analista, não contam com fundamentos altistas por hora e ainda assim atraíram as vendas. "Há um pouco mais de liquidez para as agrícolas, em função desse macro cenário", afirma.

Assim, com inúmeros fatores sendo analisados em um mesmo momento e com tantos outros que ainda devem influenciar o fluxo de dinheiro no mundo nos próximos meses, apenas uma coisa começa a se confirmar com mais clareza, ainda de acordo com Eduardo Vanin: que o mercado está se comportando de forma parecida ao que foi vivido entre os anos de 2012 e 2013.

"Para sair da crise, os EUA implementaram três programas de compras de títulos, o que, na prática, significa imprimir mais dólares, então, víamos esse padrão de dólar para cima, commodities para baixo, e hoje vemos algo bem parecido", explica. "Esse cenário de alta das commodities está muito em cima de 'dinheiro barato', assim, se tivermos a indicação de um dólar mais fortalecido em termos globais, elas sentiriam", completa.

Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas
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