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ELEIÇÃO HISTÓRICA
Mauricio Macri ganha as eleições.
23/11/2015 - 09h11min
Mauricio Macri ganha as eleições e será o novo presidente da Argentina um conservador encerra 12 anos de domínio dos Kirchner

A Argentina fez uma eleição histórica neste domingo. O oposicionista Mauricio Macri venceu a disputa e será o próximo presidente da Argentina, com posse marcada para o dia 10 de dezembro. Apesar de histórico, o resultado não é uma surpresa. O conservador Macri, da aliança Cambiemos, encerrou a campanha como favorito contra o esquerdista Daniel Scioli, da Frente para a Vitória, apoiada pela presidente Cristina Kirchner.

Ao colocar fim a uma hegemonia de 12 anos de peronismo, Macri obteve 51,5 por cento de votos, ante 48,5 por cento do candidato do partido governista Daniel Scioli. Com a vitória de Macri, a Argentina tomará o caminho da reconciliação com investidores, que vinham desaparecendo fugindo dos controles cambiais, restrições às exportações e outras políticas intervencionistas da presidente Cristina Kirchner, que não pode concorrer a outra reeleição. "Juntos podemos construir a Argentina que sonhamos", disse Macri em seu comitê central de campanha. "É uma mudança de época que tem que nos levar ao futuro, às oportunidades que precisamos para crescer".



Com o triunfo de Macri, é a primeira vez em 100 anos que os eleitores argentinos escolhem um candidato que não pertence nem ao peronismo nem ao radicalismo socialdemocrata. Sua vitória encerra doze anos de hegemonia política do casal Kirchner, primeiro com Néstor, eleito em 2003, e agora com Cristina, eleita pela primeira vez em 2007.

Além disso, é a primeira vez na história que a Argentina, em seus 32 anos consecutivos de democracia, elege um presidente em segundo turno. E deu virada. No primeiro turno, o governista Scioli venceu a disputa com 37% dos votos, três pontos a mais do que Macri. Agora, Macri teve mais sucesso em atrair os votos dos demais derrotados no primeiro turno e virou o jogo a seu favor.

Apesar do tom ácido dos últimos dias de campanha, Scioli admitiu a derrota e foi gentil com o vitorioso, dizendo que seu triunfo era justo. Só depois do telefonema do derrotado, Macri e seus assessores sentiram-se autorizados a comemorar a vitória.



É a primeira vez em 100 anos que argentinos elegem um presidente que não é do partido peronista nem do radical

A mudança chegou à Argentina com uma sensação de normalidade absoluta, sem denúncias de fraude, sem tensões, e com um dia ensolarado na capital. Nada a ver com as primárias de agosto, quando se votou depois de uma das piores inundações de que se tem notícia na província de Buenos Aires e houve todo tipo de denúncias. Tudo apontava então para uma vitória da situação. Mas pouco a pouco Macri foi ganhando terreno e Scioli perdendo, em um ambiente de cansaço do kirchnerismo que as pesquisas não conseguiram detectar.

Macri conseguiu forçar o segundo turno em 25 de outubro com um resultado inesperado ?37% a 34% em favor de Scioli? e desde então não parou de crescer, enquanto Scioli e a situação mudavam totalmente de estratégia, em desespero,para tentar estimular o voto anti-Macri e convencer os argentinos, sobretudo das classes populares, de que tinham de ir votar paradefender seus programas sociais e os direitos adquiridos nestes anos.

Toda a campanha se concentrou na ideia de que com Mauricio Macri viria um cataclisma, mas no dia em que realmente se votou, nada aconteceu. Daniel Scioli, que durante três semanas tentou convencer os argentinos de que seu rival é ?um perigo?, inclusive se esqueceu ontem dessa guerra e até tentou retomar sua amizade com Macri. Os dois eram amigos há 30 anos, pertencem ao mesmo círculo de filhos de empresários milionários e são da mesma geração, mas nos últimos dias tudo parecia rompido entre eles.

Scioli se encarregou ontem de relembrar que Macri esteve em seu casamento e que esteve com seu rival poucas horas depois de ter sido liberado de um duríssimo sequestro que sofreu em 1991. Tinham uma amizade estreita. Macri insiste que Scioli foi ?uma grande decepção? pela campanha duríssima que protagonizou nos últimos dias. ?Está lançando a imagem de que sou uma má pessoa que vai prejudicar seu país?, queixava-se na quinta-feira.

Esta batalha entre dois homens da elite econômica do país, que vêm de mundos alheios à política ?Macri do futebol, como presidente do Boca Juniors, e Scioli de um esporte para milionários como as lanchas de corrida? chegou a seu fim e Scioli busca a reconciliação e até falou da relação de suas esposas. ?Karina conhece Juliana há muitos anos e essas são as coisas que perduram, a política é uma circunstância?, sentenciou. Scioli tentou usar a seu favor a figura do Papa, próximo ao peronismo, e voltou a citar as palavras de Francisco: ?Votem com consciência?.

E, no entanto, apesar desta aparente tranquilidade em um país de longa tradição democrática interrompida por várias ditaduras no século XX, a virada que a Argentina dá é notável. Sem solução de continuidade, passou-se de 12 anos de kirchnerismo, nos últimos tempos voltado à esquerda, e com uma política econômica heterodoxa concentrada em um claro protecionismo para manter a indústria local e os empregos e um controle férreo da venda de dólares, a um candidato como Macri, alheio ao peronismo e ao radicalismo que vem da direita e defende posições liberais, ainda que agora se defina como ?desenvolvimentista?. O entorno de Macri afirma que ele sabe que país vai enfrentar e não fará uma virada de 180 graus, mas manterá um certo protecionismo e fará as reformas muito devagar, respeitando os sindicatos. Mas a verdade é que no mundo econômico se assume que virão curvas nos próximos meses.

Macri optou neste domingo por sua habitual mensagem otimista sem entrar em muitos detalhes. ?É uma enorme alegria, sinto que estamos em um dia histórico, que vai mudar nossas vidas. Espero que comece uma nova fase na Argentina. Viemos com tranquilidade e esperamos que hoje seja uma festa. Quero dizer muito obrigado a todos. Sinto uma enorme alegria e estamos todos sabendo que é um dia histórico que vai mudar nossas vidas?, afirmou pouco depois de votar.

Terceiro na disputa, o peronista dissidente Sergio Massa, que ficou fora do segundo turno e cujos 5,2 milhões de votos eram cobiçados por todos, também quis ser otimista, ainda que claramente oposto a Macri: ?Para além do resultado, hoje termina uma etapa e começa uma nova. Será preciso arregaçar as mangas e trabalhar por uma Argentina melhor?. O país entra assim em uma nova etapa que nunca tinha explorado, um governo alheio ao radicalismo e ao peronismo que dominaram os últimos 70 anos, apesar de Macri ter alguns componentes de ambos em sua equipe.

Fonte: Notícias Agrícolas
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